quarta-feira, 13 de maio de 2009

Contra a tortura dos animais!



Alguns concelhos em Portugal já proibiram as touradas: Cascais, Sintra, Braga e Viana do Castelo!


http://www.animal.org.pt/
http://www.blogdaanimal.blogspot.com/

O meu amigo Alçada Baptista, com post neste blog, conta uma história muito deliciosa a propósito:



"A primeira vez que fui ao Brasil, perguntei por que não havia touradas, uma excepção em quase toda a América Latina, onde elas despertam interesse e afición. Um amigo explicou-me:

A coisa tentou-se mas o negócio não deu, não. Em 1950, o prefeito do Rio mandou construir uma praça de touros ao lado do Marancahã. Encomendou touros e toureiros no México e para promover melhor as corridas deixou que a entrada fosse gratuita.

Aquilo ficou cheio mas teve que acabar.Não é que o povo torcia pelo touro? Era. Aplaudia o touro e assobiava o toureiro. Aí os toureiros se desmoralizaram muito e a coisa não tinha condições.

Creio que o Brasil corresponde àquela parte de mim que também torce pelo touro, que homenageia a sua fúria solitária, a sua coragem desacompanhada, contra o jogo, a astúcia e as vantagens dos homens."

A. Baptista, In Pesca À Linha, Algumas Memórias, editorial Presença

Encontrei num blog uma definição, em "bom português", das touradas:

"...uma meia dúzia de gajos, uns a cavalo e outros a pé... estão a f____ a cabeça a um touro que, coitado,na sua ignorância, vai atrás dumas vaquinhas e quando dá por ele está rodeado de gente numa praça vermelha sem vacas mas com um gajo montado a cavalo à frente dele, ...

... começam a espetar-lhe umas merdas nas costas e chega uma altura em que está tudo cheio de sangue...

...depois do acto ainda recebem flores e ficam todos contentes..."

Claro! Há a beleza plástica do evento, a arte, a emoção, a coragem e mestria dos homens! Óbviamente!

Mas, à custa do sofrimento e tortura dos animais, NÃO!

AHIMSÁ


. A primeira norma ética milenar do Yôga é o ahimsá, a não agressão.

. O serhumano não deve agredir gratuitamente outro ser humano, nem os animais, nem a natureza em geral.
. Permitir que se perpetre uma agressão, podendo impedi-la e não o fazendo, é acumpliciar-se no mesmo acto.
. Derramar o sangue dos animais ou infligir-lhes sofrimento para alimentar-se de suas carnes mortas constitui barbárie indigna de uma pessoa sensível.
Parte do Código de Ética do Yôguin, elaborado pelo Mestre DeRose e inspirado no Yôga Sútra de Pátañjali, in Tratado de Yôga, editora Afrontamento.

1 comentário:

manuela soares disse...

A propósito dum comentário sobre touradas nos Estados Unidos e reflectindo sobre o mesmo, interrogo-me e convido todos os seres racionais a reflectirem:

Apesar das touradas nos Estados Unidos se fazerem sem derramamento de sangue e por isso podermos ser levados a pensar que sem sofrimento (???) ... Questiono: Digno, é? sensíveis como são os animais, porque são, há um outro tipo d sofrimento: Angústia, ansiedade... na sequência do animal ser provocado a reagir a estímulos, desafiando sua natureza e depois o Homem como ser superior (??) tirar gozo desse espectáculo de ansiedade, de impotência de um animal... Superioridade? Onde está ela? Simplesmente ridículo! Touradas? A prova d q somos uns atrasados mentais com manias de superiores! Sendo assim na arena ficaríamos mesmo muito bem!!!!